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AM: Oficiais da PM são presos

AM: Oficiais da PM são presos por desviarem drogas no valor de R$ 6 milhões Dois tenentes e dois sargentos da 29° Cicom da PM do Amazonas foram presos após desviarem cerca de 250 kg de cocaína.

No dia 12 de janeiro, quatro policiais militares, dois tenentes e dois sargentos, lotados na 29° Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que atuavam nos bairros Mauazinho e Distrito Industrial II, na zona leste de Manaus, foram presos em flagrante desviando cerca de 250 kg de cocaína, avaliadas em R$ 6 milhões.

As drogas estariam sendo desviadas de uma das balsas atracadas no Porto do São Raimundo, cuja as investigações apontam que tiveram sua origem no Peru. No momento da prisão, os PMs foram flagrados com cerca de R$ 70 mil em espécie, balanças de precisão e armas de fogo não registradas.

No mesmo período do caso, o vazamento de um dossiê investigativo revelou vínculos profundos de toda a alta cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, incluindo o Comando Geral da Polícia Militar com grupos paramilitares e do narcotráfico.

Polícia e judiciário acobertam militares

Questionada por jornalistas, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) não deu nenhuma posição quanto ao caso, e limitou-se a informar que os “procedimentos administrativos serão instaurados para apurar os fatos”.

Esse tipo de posição vergonhosa demonstra a política corporativista que as forças policiais do Amazonas têm, constantemente, com seus colegas de farda que são pegos em meio a esquemas.

No estado é frequente também o acobertamento dos órgãos judiciários locais para com os policiais que cometem crimes, seja de envolvimentos escusos, seja de crimes contra o povo. Neste mesmo caso, um dos PMs, o sargento Esdaile Silva da Costa, já possuía uma longa ficha criminal. O militar respondeu por crimes como homicídio e lesão corporal e chegou a ser expulso da corporação, mas foi reintegrado pela justiça em 2021.

A reincidência nesse tipo de acobertamento é histórica. Em 2023, o policial civil Raimundo Nonato Machado agrediu e tentou assassinar uma babá e um advogado em seu condomínio de luxo. Antes do caso de flagrante violência policial, Nonato já havia sido expulso da força após acusações de tortura em 2011, mas acabou reintegrado seis anos depois.

Assim como no caso dos quatro PMs, a nota da PC-AM sobre o caso foi em tons de suavizar a ocorrência e o judiciário achou por bem revogar o pedido de prisão preventiva do homem e de sua esposa.

 

Fonte: por Comitê de Apoio – Manaus (AM)

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